domingo, 30 de agosto de 2009

Presidente da CBTri confirma que Mariana Ohata está suspensa


Presidente da Confederação Brasileira de Triathlon, Carlos Fróes lamentou o resultado positivo do exame antidoping de Mariana Ohata para uma substância diurética, mas afirmou que, por questão legais, não pode comentar o caso em nome da entidade. Caso a contraprova do teste realizado durante a Copa do Mundo, em junho, confirme o doping, a bicampeã sul-americana (1999/2000) passará pelo julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, que contará com a participação de membros da CBTri.


Fróes confirmou que, assim como a atleta, a confederação foi notificada do resultado do exame pela Agência Mundial Antidoping (Wada, em inglês) e pela União Internacional, e disse que, apesar de não ter sido oficialmente comunicada, Mariana já cumpre suspensão preventiva das próximas competições.


“Desde o momento em que ela soube da notícia, já se afastou. Não precisamos falar com todas as letras que ela está suspensa preventivamente. É uma ação automática, um procedimento padrão, porque agora ela está sob suspeita” – afirmou Fróes.


Independente do resultado da contraprova, o presidente da CBTri fez questão de ressaltar a importância de Mariana Ohata para o triathlon brasileiro como referência da modalidade. Porém, apesar de demonstrar afeição pela atleta, o dirigente garante que manterá a imparcialidade no julgamento.


“Não depende do carinho que tenho por ela. Estaremos no papel de juízes e teremos de julgar a causa. Mas ela sempre foi muito boa para a gente. Fico chateado com a situação, imaginando o que deve estar passando na cabeça dela nesse momento.”


Se o resultado da contraprova confirmar o doping, Mariana será julgada no Brasil e, logo depois, o caso será encaminhado à União Internacional de Triathlon que fará nova audiência com a atleta.
Membro da Agência Mundial Antidoping (Wada, em inglês), Eduardo de Rose questionou a justificativa de Mariana Ohata sobre o diurético encontrado em um exame antidoping realizado em junho, durante a Copa do Mundo. De acordo com a assessoria de imprensa do Pinheiros, clube que a triatleta defende, a esportista bebeu um chá no hotel em Iowa e ele seria o responsável pelo resultado positivo. No entanto, o médico desconhece tipos de chá que contenham essa química, a não ser os usados para terapias de emagrecimento, e complementa que a ingestão desse tipo de substância em esportes que não são considerados de peso muitas vezes é utilizada para esconder outro tipo de doping na urina dos atletas.


“A questão da ingestão do chá não será nem considerada, os auditores não vão avaliar isso. O uso de diurético no triathlon é proibido dentro e fora de períodos de competição. Não importa se tomou chá ou não. Além disso, vai ser muito difícil ela provar que o doping veio dali. Agora, realmente um diurético não ajuda no desempenho de um triatleta. Só beneficia esportistas que queiram perder água no corpo, e, consequentemente, peso, para entrar em diferentes categorias, como é o caso do judô e do boxe. Mas ele pode ser usado para encobrir a ingestão de outra substância proibida que melhoraria a atuação dela no esporte. Não posso afirmar que é esse o caso da Mariana, mas o fato é que o diurético foi encontrado na urina dela” – disse De Rose.


O médico também lembrou que, caso o diurético ingerido por Mariana Ohata tenha sido realmente proveniente de um chá, ela teria de ter tomado a bebida em um período de, no máximo, 24 horas antes do exame, pois, depois disso, a substância não poderia ser encontrada mais no organismo a não ser que fosse bebida novamente.


Fonte: Globo.com

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