segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Boas lembranças

Olá pessoal!

Todos com certeza tem várias histórias pra contar, momentos felizes... Momentos tristes, Mas quase sempre são coisas marcantes, gestos, palavras, lembranças infinitas de um passado não tão distante.

Esse fim de semana recebi um recado de uma grande amiga de longas datas, uma parceira de altas horas na época da faculdade, onde a união, o companheirismo era o que tínhamos de mais importante. Uma fase difícil, seria, de grandes responsabilidades, mas com certeza pra quem já passou uma das melhores fases da vida, fase de descobertas, de amizades, de crescimento.

Muitos amigos me acompanham desde a época da faculdade, sempre souberam do meu gosto pelo esporte, e bem no final da faculdade, estava no 7º período, perto de se formar foi onde resolvi voltar ao esporte depois de 5 anos sem competir, sentindo muito a falta dos treinos de natação, resolvi comprar uma bike.

Foi uma Vicini Corsa, preto fosco, com detalhes em vermelho e amarelo. paguei barato, comecei a fazer alguns treinos, essa época já morava em Rio Quente Goiás, e Caldas Novas ficava perto de 30 km de distância, então ali seria meu circuito de treinos. Treinava pouco, devido aos horários de trabalho , mas curtia muito o pedal em um percurso bem misto.

Aos poucos fui melhorando a bike, e logo saiu o quadro Vicini Roubax, dai mudei algumas peças, melhorei as rodas e foi a bike que iniciei os treinos pra voltar ao esporte, só que agora no triathlon, um esporte que a muito tempo acompanhava, mas não tinha noção de como treinar e nem de como se tornaria uma lição de vida, uma escolha feliz que estaria fazendo.

Logo que peguei essa bike nova, estava no 8º período, já fazendo treinos mais longos, nadando... tentando correr o que faço até hoje, mas não tinha uma rotina de treinos, treinava quando dava vontade.

Muitos já me achavam louco, como hoje em dia muitos me dizem que sou mais louco ainda. rsrsr Mas é muito bom estar nesse meio.

Chegou a semana de formatura, e estava trabalhando muito nesses dias, já estava na expectativa de ser um Turismologo, me tornaria um formando, depois de 4 anos trabalhando estudando, fazendo um verdadeiro malabarismo pra dar conta de tudo. Minha família já tinha alugado um apartamento em Caldas Novas, tudo pronto, no primeiro dia de formatura, era a missa, dai meus pais e minha irmã saíram de Catalão a tarde pois meu pai estava trabalhando, eles chegariam em Rio Quente pra me pegar e irmos pra Caldas Novas por volta das 17h e a Missa era as 19h .

Tudo organizado, eu os esperando, já na agonia pois não davam notícias, eu já vestido socialmente, sapatinho, calça social, bem nos panos pra minha formatura, quando recebo uma ligação de minha mãe dizendo que o carro estava na estrada estragado e ela e minha irmã estavam vindo de guincho, já era 17: 50, o que iria fazer, não tinha carona, não tinha onibus naquele horário... Fiquei desesperado, suava , a cabeça a mil, minha ex-namorada me ligando , todos já preocupados eu mais ainda.

Dai entro no assunto de otimas lembranças, sempre vivendo com muita dedicação disciplina, força de vontade e fazendo o que mais gosto, o que me faz bem. foi ai que tive a salvação, que estava dentro de casa.
E esse fim de semana recebi um recado que dizia:


Estava vendo sua superação e lembrando do dia da missa da nossa formatura , vc vindo de bicicleta do rio quente ....já tava treinando né ...kkkk

Verdade, Obrigado Bethania pelo recado, mas foi isso que aconteceu, peguei uma bolsa, coloquei a calça, camisa, sapato, tudo que iria usar na formatura, e vesti a grande companheira de treinos de hoje em dia, a sapatilha, bermuda, capacete camiseta de ciclismo e chinelei pra Caldas Novas, a missa começaria em 1 h, em sempre gastava media de 50 a 55 minutos pra chegar la.

Não deu outra, fiz muita força, cheguei muido, suado ao extremo , passei na igreja e avisei, "cheguei mas vou tomar banho e volto". rsrsrs foi muito engraçado a reação da galera que não acreditou que eu pedalei quase 30 km que nem louco pra chegar na minha formatura.  fui no apartamento, tomei um banho de gato e logo já estava na igreja.

Me formei em 2006. e graças a Deus tenho otimas amizades desde essa época, e grandes irmãos. E de lá´pra cá me tornei Triathleta disputando até um Campeonato Mundial no Age-Group 25/29 anos na Hungria em 2010. Determinação, força de vontade e humildade sempre.

Abraços a todos os amigos e as pessoas que me acompanham todos esses anos.

Obrigado pela força;

Simon Leonel

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Colapso em Atletas de Endurance

PONTOS PRINCIPAIS



- A natureza da maioria dos casos de colapso é benigna e esses acontecem depois que o atleta cruza a linha de chegada e pára de se exercitar. Aqueles que apresentam esse problema antes da chegada são mais propensos a apresentar um problema mais grave.


- Atletas que se mantêm acordados e alertas depois do colapso têm menor probabilidade de ficar gravemente doente que aqueles que apresentaram redução do nível de consciência.


- Na avaliação do atleta, é fundamental verificar os sinais vitais (principalmente a temperatura retal, se houver suspeita de insolação), avaliar o estado de hidratação (desidratado x sobrecarga de líquidos) e solicitar a realização de exames laboratoriais (glicemia e sódio sangüíneo), quando necessário.


- A causa benigna mais comum do colapso é a queda da pressão arterial devido ao acúmulo de sangue nos membros inferiores após a interrupção do exercício, assim como na hipotensão postural, exaustão pelo calor ou síncope. Trata-se esse problema elevando os pés e a pelve até que os sintomas melhorem.


- A causa grave mais comum do colapso é o baixo nível de sódio sangüíneo (hiponatremia), geralmente associado à reposição excessiva das perdas pelo suor com líquidos contendo pouco ou nada de sódio. Atletas com hiponatremia que parecem apresentar sobrecarga de líquidos não devem receber líquidos por via intravenosa.


- A insolação é uma rara causa de colapso, mas pode ser fatal se não for diagnosticada e tratada precocemente com imersão em água gelada para que se consiga um resfriamento rápido.


INTRODUÇÃO


O colapso é talvez o mais dramático entre os problemas médicos que acometem os atletas. Embora possa ocorrer em qualquer evento esportivo que exija esforço máximo, é mais comum em eventos de endurance, tais como a maratona e o triathlon. A incidência parece aumentar de acordo com aumentos na distância da corrida, temperatura e umidade do ar. (O'Conner e col., 2003).


Nos eventos de endurance, aproximadamente 85% dos casos de colapso acontecem depois que o atleta cruza a linha de chegada (Holtzhause & Noakes, 1997). A maioria desses casos é benigno e o atleta não apresenta conseqüências prejudiciais permanentes, mas em alguns casos isso pode ser grave e fatal. Por esse motivo, a equipe médica que atende os eventos de endurance ou esses atletas deve conhecer a avaliação e o tratamento adequados do atleta que sofreu colapso, o que pode, algumas vezes, fazer a diferença entre a vida e a morte.


REVISÃO DOS ESTUDOS CIENTÍFICOS


Definição de colapso associado à prática de exercícios


O colapso associado ao exercício pode ser definido como a incapacidade de caminhar sem auxílio, com ou sem exaustão, náuseas, vômitos ou cãibras. (Holtzhause & Noakes, 1997; O'Conner e col., 2003). Um atleta com esse problema pode apresentar temperatura corporal normal, elevada ou baixa. Para os objetivos deste artigo, o colapso relacionado ao exercício exclui as condições traumatológicas tais como lesões no joelho ou no calcanhar que poderiam potencialmente evitar que o atleta caminhasse sem auxílio, mas isso seria claramente distinto das formas mais tradicionais de colapso.


As condições que costumam provocar o colapso associado ao exercício são relativamente poucas em número e podem geralmente ser agrupada como problemas benignos e graves. As causas benignas mais comuns incluem a exaustão, a hipotensão postural, a desidratação e as cãibras musculares. Causas graves incluem a hiponatremia, insolação, hipoglicemia, hipotermia, parada cardíaca e diversas outras situações médicas.


Avaliação do atleta que sofreu um colapso em campo


A avaliação inicial desse atleta em campo deve começar com uma rápida avaliação do grau de consciência do atleta. Se estiver acordado e alerta, é provável que a causa seja benigna. Aqueles que apresentam diminuição do grau de consciência devem ser avaliados para se verificar a necessidade de suporte vital cardíaco avançado. O restabelecimento da permeabilidade das vias aéreas, da respiração e da circulação é a principal prioridade. Os sinais vitais, incluindo a temperatura retal, freqüência cardíaca e pressão arterial devem ser medidas as mais rápidas possíveis. O momento em que o colapso ocorreu indica possível gravidade; aquele que ocorre depois que o atleta termina uma prova é de menor preocupação que aquele que acomete o atleta antes da linha de chegada.


História


Técnicos, preparadores físicos, pais, outros atletas geralmente conseguem oferecer informações importantes que ajudam na avaliação do atleta.


As perguntas importantes incluem as seguintes:


1. Quanto e qual tipo de líquido foi ingerido durante a prova? A resposta a essa pergunta pode indicar desidratação, hiponatremia ou hipoglicemia.


2. Qual o volume de urina eliminado durante a prova? Atletas que ficam desidratados de maneira significativa provavelmente não urinarão.


3. O atleta apresentou vômitos ou diarréia durante a prova? Se sim, isso contribuiria para a desidratação.


4. Quanto carboidrato foi ingerido antes e durante a prova? A ingestão inadequada de carboidratos pode causar um baixo índice de açúcar no sangue (hipoglicemia), principalmente em atletas diabéticos.


5. Alguma doença ou necessidade recente de medicamentos (Tabela 1) que pudesse ter comprometido a tolerância ao calor ou o equilíbrio hídrico?


6. O atleta estava bem-treinado e preparado para a competição? Há maior probabilidade do colapso ocorrer se o preparo não for adequado.


7. O atleta apresentou algum sintoma, tal como dor torácica, palpitações, náuseas ou falta de ar, que pudesse indicar a existência de um quadro médico subjacente como causa do colapso?


TABELA 1. Medicamentos que podem ter um efeito adverso na termorregulação.


- Anticolinérgicos


- Anti-histamínicos


- Beta-bloqueador


- Diuréticos


- Inibidores da monoamina oxidase (MAO)


- Fenotiazidas


- Antidepressivos tricíclicos


- Drogas de Abuso


- Bebidas com alto teor alcóolico


Exame


O exame de atletas que tiveram um colapso deve incluir a monitoração contínua dos sinais vitais do atleta. A freqüência cardíaca e a pressão arterial devem ser medidas com o atleta em pé e deitado. O aumento da freqüência cardíaca em 20 batimentos por minuto ou a queda da pressão sistólica em 10 mm Hg, avaliadas com o indivíduo em pé, sugere uma depleção significativa da volemia e provável desidratação. Lembre-se que a maioria dos atletas de endurance apresenta freqüência cardíaca de repouso bem baixa e 80 batimentos por minuto pode representar taquicardia (Mayers & Noakes, 2000; O'Conner e col., 2003). Atletas com redução da função mental devem ter a temperatura retal medida para que se exclua a insolação. (A mensuração da temperatura no ouvido ou na boca não oferece uma avaliação precisa da temperatura corporal central). A temperatura retal acima de 40° C exige medidas imediatas de resfriamento.


O estado de hidratação do atleta pode ser avaliado com perguntas sobre a sede e a capacidade de cuspir (Holtzhause & Noakes, 1997; O'Conner e col., 2003). Os atletas desidratados sentirão sede e terão dificuldade para produzir saliva se estiverem gravemente desidratados. Além disso, a textura da pele pode estar diminuído em atletas gravemente desidratados, ex.: a pele pode parecer flácida. Por outro lado, os atletas que estão hiper-hidratados podem parecer estar e sentir-se inchados. Podem alegar que anéis, relógios, sapatos e pulseiras de corrida estão mais apertados que antes da corrida. Em casos graves de sobrecarga de líquidos, pode-se perceber o edema nas pernas. Isso é geralmente associado a baixos níveis de sódio sangüíneo (hiponatremia). O peso corporal antes e depois da prova é uma medida útil da condição hídrica. Uma perda de 2 a 5% no peso corporal indica desidratação, ao passo que o ganho de peso sugere sobrecarga de líquidos.


Exames laboratoriais


O atleta que apresentou colapso deve realizar alguns exames laboratoriais importantes, tais como glicemia e sódio. A hiponatremia é a causa mais comum do colapso grave do atleta de endurance. A capacidade de avaliar os níveis de sódio rapidamente é crítica para que isso seja diagnosticado e para ajudar a oferecer o tratamento adequado. A hipoglicemia, apesar de ser menos comum, pode provocar mudanças significativas no nível de consciência e até mesmo o coma, que pode ser rapidamente corrigido pela administração oral ou intravenosa de glicose.


Classificação da gravidade do colapso em atletas


As causas do colapso na grande maioria dos atletas são benignas (Holtzhause & Noakes, 1997; Mayers & Noakes, 2000; Sandell e col., 1988). De acordo com Bently (1996) e O'Conner e col. (2003), resultados que sugerem uma causa benigna do colapso incluem:


1. Atleta está consciente e alerta.


2. A temperatura retal está acima de 35° C, mas abaixo de 40° C.


3. A pressão arterial sistólica está acima de 100 mm Hg e a freqüência cardíaca menor que 100 batimentos por minuto.


4. Glicemia entre 70-180 mg/dL e a concentração de sódio, entre 135-148 mg/dL.


5. A perda de peso é menor que 5%.


As causas graves mais comuns do colapso no atleta incluem hiponatremia, hipoglicemia, insolação, parada cardíaca e diversas outras condições médicas, incluindo convulsões, hemorragia cerebral e coma diabético. Bently (1996) e O'Conner e col. (2003) listam os seguintes achados que sugerem uma causa mais grave do colapso:


1. Inconsciência ou alteração mental (confuso, desorientado ou agressivo).


2. Temperatura retal acima de 40° C ou abaixo de 35° C.


3. Pressão arterial sistólica menor que 100 mm Hg e freqüência cardíaca acima de 100 batimentos por minuto.


4. Glicemia menor que 70 mg/dL ou acima de 180 mg/dL; concentração plasmática de sódio menor que 130 mEq/L ou acima de 148 mEq/L.


5. Perda ou ganho de peso acima de 5% do peso corporal. (A perda de peso indica desidratação e o ganho de peso sugere sobrecarga de líquidos de risco de hiponatremia).


Causas do colapso no atleta de endurance


Hipotensão postural (exaustão pelo calor ou síncope)


A hipotensão postural (redução da pressão arterial na posição ereta) tem sido denominada de exaustão pelo calor ou síncope pelo calor sendo uma das causas mais comuns do colapso, que geralmente acontece depois da linha de chegada e é raramente grave o suficiente para causar a hospitalização. Provavelmente é causada pelo acúmulo de sangue nos vasos dilatados da pele e dos membros, principalmente das pernas e pela diminuição do bombeamento pelos músculos da parte inferior das pernas após o término do exercício (Holtzhause & Noakes, 1997; O'Conner e col., 2003; Sandell e col., 1988). A desidratação e a conseqüente redução da volemia aumentam o risco da hipotensão postural, mas não há evidencia que a hipotensão postural irá progredir para insolação. Esse tipo de hipotensão é provavelmente a causa se a temperatura retal for menor que 40° C, a freqüência cardíaca for menor que 100 batimentos por minuto e a pressão sistólica for maior que 100 mm Hg, desde que essas medidas tenham sido tomadas com o atleta em decúbito dorsal. Para tratar esse quadro, elevam-se pés e pelve por 10-20 min até que a circulação normal seja restabelecida. Os atletas devem receber líquidos orais de acordo com sua tolerância. Soluções de reidratação oral ou bebidas esportivas que repõem eletrólitos e carboidratos são melhores que água. Alguns atletas podem precisar de líquido intravenoso, se houver sinais de desidratação grave.


Cãibras musculares


As cãibras musculares são comuns em praticamente todas as atividades esportivas mais longas. Podem surgir durante ou depois da repetição de exercícios realizados no calor, frio ou na água. As cãibras tendem a ser mais comuns e mais graves quando se realiza exercício intenso em ambientes quentes e úmidos. Em alguns indivíduos, cãibras graves e recorrentes são associadas com a anemia falciforme e sugerem risco de morte súbita relacionada ao exercício.


Evidências atuais mostram duas etiologias comuns para a cãibra muscular relacionada aos esportes, por exemplo, a fadiga muscular provocada pela demanda excessiva dos mesmos e depleção de sódio (Bently, 1996; Miles & Clarkson, 1994). A fadiga muscular induzida pela demanda excessiva dos mesmos geralmente provoca cãibras menos graves e mais localizadas. A perda de sal, por outro lado, geralmente causa cãibras mais graves que acometem o corpo todo. O tratamento inicial das cãibras musculares relacionadas aos esportes é manter os músculos afetados alongados. A aplicação de gelo e/ou massagem pode ser útil para diminuir os sintomas de cãibras agudas. As cãibras causadas pela fadiga muscular tendem a ocorrer no início da temporada quando a forma física dos atletas não é a melhor ou quando estão envolvidos com atividades extenuantes incomuns. A ingestão elevada de sal pode ser útil na prevenção de cãibras graves, que envolvem o corpo todo e que apresentam recidivas freqüentes.


Desidratação


A desidratação pode ter uma série de efeitos prejudiciais no atleta, que podem comprometer o desempenho e aumentar a probabilidade do colapso (American College of Sports Medicine, 1996; Casa e col., 2000). A desidratação causa redução da volemia, tornando o atleta mais suscetível à hipotensão postural e colapso. A baixa volemia também está associada à redução do volume de ejeção cardíaco que resulta na redução do fluxo sangüíneo para a pele, com efeito negativo na dissipação do calor. Atletas desidratados podem apresentar temperatura retal maior que a de atletas em estado de hidratação normal. A desidratação reduz o tempo que o exercício pode ser sustentado antes que haja fadiga induzida pelo calor e eventual colapso. Os sinais e sintomas da desidratação grave incluem sede intensa, boca seca e dificuldade de produzir saliva. Resultados no exame físicos consistentes com a desidratação incluem freqüência cardíaca aumentada, pressão arterial reduzida, perda de peso e pele flácida.


O tratamento do indivíduo desidratado deve começar com soluções de reidratação oral ou bebidas esportivas se o atleta não estiver vomitando e tiver perdido menos que 5% do peso corporal. Deve-se oferecer líquidos intravenoso se os atletas não conseguirem tolerar líquidos orais ou o nível de desidratação for superior a 5%.


Hiponatremia induzida pelo exercício


A hiponatremia é a causa grave mais comum do colapso associado ao exercício. Geralmente é causada pela reposição do suor relativamente hipertônico com um líquido hipotônico que contém pouco ou nenhum sódio. Costuma ser observada em provas mais longas de endurance e é mais comum em mulheres, corredores de baixa velocidade e aqueles que bebem água, em vez de bebidas esportivas que contêm sódio (Noakes, 1998; Sandell e col., 1988; Speedy e col., 1999). Os sintomas da hiponatremia dependem da gravidade do déficit de sódio. A concentração normal de sódio no soro varia entre 135 e 145 mEq/L e a gravidade da hiponatremia pode ser graduada de leve a grave.


-Leve (sódio = 131-134 mEq/L): geralmente sem sintomas.


- Moderada (sódio = 126-130 mEq/L): pode causar fraqueza, náuseas, fadiga, confusão e "phantom running" (movimento involuntário e persistente das pernas em descanso).


- Grave (sódio < 126 mEq/L): pode causar coma, convulsões e até mesmo a morte.


O exame de um atleta com hiponatremia (de acordo com resultados laboratoriais) geralmente aponta temperatura retal menor que 39° C, além de pressão arterial e freqüência cardíaca estável. Costuma haver redução do nível de consciência quando a hiponatremia é de moderada a grave. A hiponatremia causada pela sobrecarga de líquidos pode fazer com que o atleta pareça inchado, e anéis, relógio, sapatos e pulseiras de identificação para corrida costumam ficar apertadas. Esses atletas costumam apresentar um ganho significativo de peso durante a prova. Entretanto, algumas vezes os atletas com hiponatremia podem estar desidratados e apresentar volemia diminuída, provavelmente devido à reposição apenas parcial da perda de suor com líquido hipotônico. Esse tipo hipovolêmico de hiponatremia parece ser mais comum em atletas mais rápidos.


Há estudos que sugerem que se deve pressupor que há hiponatremia se a temperatura retal, pressão arterial e freqüência cardíaca forem normais no atleta que apresentou o colapso e se houver redução do nível de consciência (Holtzhause & Noakes, 1997, 1998; Mayers & Noakes, 2000). Em atletas com sobrecarga de líquidos, a administração de volumes elevados de líquido intravenoso deve ser evitado porque esse tratamento pode causar insuficiência cardíaca congestiva e até mesmo o óbito. Quando o atleta parecer desidratado e houver suspeita de hipovolemia, a administração intravenosa de soro fisiológico consegue repor tanto a água quanto o sal. Em casos muito graves, a solução hipertônica (3-5%) pode ser infundida lentamente (menos que 50 mL/h) com monitoração cuidadosa do estado do atleta. A maioria dos atletas com hiponatremia grave provocada pelo exercício consegue se recuperar espontaneamente depois de 1-3 horas de repouso e de cuidados de apoio. A excreção de volumes elevados de urina límpida geralmente antecede a recuperação.


Insolação


A insolação é provocada pela falha do nosso organismo em regular a temperatura no calor. É um evento raro e facilmente tratado quando diagnosticado precocemente, mas com altas taxas de morbidade e mortalidade quando não é tratada adequadamente ou quando o diagnóstico é tardio. O sintoma característico da insolação é uma mudança drástica na função mental, por exemplo, perda ou redução do nível de consciência ou de estimulação mental (Holtzhause & Noakes, 1997; Noakes, 1998). Atletas com insolação costumam apresentar colapso ou agir de maneira inadequada. Finalmente, há uma progressão até o coma e geralmente há o desenvolvimento da rabdomiólise (quebra de tecido muscular) e insuficiência renal, provocando a morte.


Atletas com insolação costumam apresentar colapso antes do término de um evento, geralmente em corridas curtas mas bastante velozes. Atletas com peso maior apresentam risco aumentado. Como os atletas que participam de provas de endurance prolongado correm a uma velocidade menor, geralmente armazenam menos calor corporal (se a umidade for relativamente baixa), portanto, a insolação é menos comum. Os fatores de predisposição incluem temperatura e principalmente umidade elevada, velocidade elevada na corrida, história de doenças provocadas pelo calor, maior peso corporal e provavelmente desidratação com depleção de volume sangüíneo. Vômitos e diarréia costumam ser sintomas na instalação da insolação. O resultado de exame mais característico na insolação é a temperatura retal acima de 40° C. Além disso, atletas com insolação costumam apresentar freqüência cardíaca elevada, respiração rápida e hipotensão. Na insolação clássica, o indivíduo deixa de transpirar e parece quente e seco, mas na insolação associada à atividade física, a vitima costuma transpirar abundantemente.


O tratamento da insolação é o resfriamento ativo, o mais rápido possível. A taxa de sobrevivência é de 90-95% quando o resfriamento é realizado rapidamente. Entretanto, se for tardio e a temperatura ultrapassar 42° C, a mortalidade atinge 80% (Holtzhause & Noakes, 1997, 1998; Noakes, 1988). A insolação é uma emergência real e pode ser considerada como um "ataque do calor", no qual cada minuto de atraso no tratamento reduz a probabilidade de uma boa evolução de maneira significativa.


A medida mais eficaz para se conseguir um esfriamento rápido do atleta superaquecido é a imersão em água gelada. Pode-se conseguir isso mais facilmente usando uma pequena banheira plástica ou uma piscina com gelo e água. A imersão por 5-10 minutos costuma ser suficiente para resfriar o atleta com insolação. O resfriamento deve continuar até que a temperatura retal fique abaixo de 38° C ou até que o atleta comece a tremer. Uma alternativa menos eficaz é a aplicação de gelo no pescoço, na virilha e nas axilas da vítima da insolação. Borrifar água gelada e usar um ventilador também podem ser medidas auxiliares. Além disso, líquidos gelados por via intravenosa podem ajudar a resfriar o indivíduo com insolação.


Hipoglicemia


A hipoglicemia é a causa menos frequente do colapso associado ao exercício e costuma acontecer quando a produção de glicose pelo fígado diminui depois que há uma depleção dos estoques de glicogênio (Holtzhause & Noakes, 1997; Sandell e col., 1988). Isso costuma ser observado em eventos de distância com duração acima de quatro horas. Atletas que deixam de ingerir carboidratos suficientes (sólidos e líquidos) antes e durante o evento correm o risco de apresenta-la. A hipoglicemia é mais observada em atletas diabéticos e em indivíduos com transtornos alimentares. Os sintomas da hipoglicemia incluem tremores no corpo, fraqueza, ansiedade, sudorese, fala arrastada e até o coma. É tratada com administração de glicose (bebidas esportivas, sucos, doces concentrados ou tabletes de glicose), o que promove alívio imediato dos sintomas. Atletas hipoglicêmicos que se encontram inconscientes ou não respondem devem receber solução intravenosa de glicose (D50) ou uma injeção de glucagon para que a glicemia aumente imediatamente.


Hipotermia


A hipotermia é uma causa rara de colapso em atletas, mas pode ocorrer quando um atleta permanece muito tempo em ambiente frio e não consegue gerar calor corporal suficiente para compensar a perda de calor para o meio-ambiente. A maioria dos casos é observada durante a prova de natação em um triatlhon, quando realizada em águas geladas ou quando as provas de endurance são realizadas no clima frio e úmido, ou ainda em esportes de inverno.


A gravidade da hipotermia é medida pela temperatura retal. É considerada leve quando a temperatura retal está entre 32-35° C e costuma ser acompanhada pela confusão leve e tremor intenso. O tratamento inclui proteger o atleta do ambiente e remover as roupas molhadas, seguido de aquecimento passivo com cobertores e ingestão de líquidos quentes. Quando a temperatura retal é menor que 32° C, o tremor (que gera calor corporal) costuma parar; se isso acontecer, o atleta deve ser imediatamente transferido para um hospital para receber medidas mais ativas de aquecimento, tais como a administração de líquidos quentes por via intravenosa, oxigênio aquecido ou diálise peritoneal usando líquidos aquecidos. Atletas com hipotermia grave, com temperatura retal menor que 27,8ºC podem parecer estar mortos, e só sobreviverão após o reaquecimento.


RESUMO


O colapso associado ao exercício é relativamente comum em provas de endurance, principalmente quando há temperatura e umidade elevadas. A causa costuma ser benigna em atletas que apresentam o problema depois de terminar um exercício sem perder a consciência, com sinais vitais normais e com estado mental normal. Pode-se suspeitar de uma causa mais grave quando isso acontece durante a realização do exercício, quando os sinais vitais forem instáveis ou quando houver alteração da consciência. O diagnóstico adequado e precoce é essencial a esses atletas, para que se possa iniciar o tratamento adequado. A maioria dos casos pode ser tratado com repouso e líquidos orais. Por outro lado, as causas mais graves do mal-estar, ex., quando associado à hiponatremia e insolação, podem causar lesões graves em órgãos e mesmo óbito se não for tratado rápida e adequadamente. É essencial que aqueles que oferecem os cuidados médicos nos eventos de endurance ou os demais envolvidos nos cuidados com o atleta conheçam o tratamento adequado desse problema, para que se possa evitar um resultado provavelmente trágico.


Sports Science Exchange 44


SUPLEMENTO


ATLETAS DE ENDURANCE QUE APRESENTAM COLAPSO


É relativamente comum observarmos atletas sentirem-se mal em eventos de endurance, principalmente quando o calor e a umidade são elevados. Se um atleta sente-se mal após o término do evento e permanece consciente com freqüência cardíaca, pressão arterial, respiração e quadro mental normais, isso geralmente não é sério e o colapso é provavelmente causado pela exaustão, desidratação moderada que contribui para uma queda moderada na pressão arterial enquanto o atleta está em pé ou cãibras musculares.


Deve-se suspeitar de uma causa mais perigosa em atletas que apresentam colapso durante as provas ou treinos, que apresentam sinais vitais instáveis e/ou ficam inconscientes ou apresentam comportamentos inadequados (Tabela S1).


TABELA S1. Causas comuns do colapso durante o exercício


Causas não-graves


- Exaustão


- Desidratação


- Hipotensão arterial quando estiver em pé


- Cãibras musculares


Causas graves


- Baixa concentração sangüínea de sódio (hiponatremia)


- Insolação


- Baixa concentração sangüínea de açúcar (hipoglicemia)


- Baixa temperatura corporal (hipotermia)


- Parada cardíaca


- Diversas outras situações médicas, incluindo convulsões, hemorragia cerebral e coma diabético


O diagnóstico adequado e precoce é essencial em atletas que apresentam colapso para que se possa iniciar o tratamento adequado. A tabela 2 mostra as características comuns de colapso não-grave ou benigno e do colapso potencialmente perigoso. É principalmente importante que a equipe médica consiga ter acesso rápido a resultados laboratoriais com relação aos níveis de açúcar e sódio sérico. Dependendo de quão quanto for baixa for a concentração de sódio, os resultados podem ser graves (Tabela S3).


TABELA S2. Classificação da gravidade em atletas que apresentam colapso


TABELA S3. Sintomas da hiponatremia


A maioria dos casos do colapso pode ser tratado com repouso, elevação das pernas e do quadril e administração de líquidos via oral, principalmente soluções de reidratação oral ou bebidas esportivas que contêm carboidratos e sódio. Por outro lado, as causas mais graves do colapso, ex.: quando associado à hiponatremia e à insolação, pode causar danos graves aos órgãos e mesmo a morte, se não for tratado rapidamente e de maneira adequada.


Hiponatremia - deve-se suspeitar de hiponatremia se a temperatura retal, pressão sangüínea e freqüência cardíaca forem normais em um atleta que apresentou colapso e redução do grau de consciência. Em atletas que parecem ter sobrecarga de líquidos, a administração de muito volume de líquido intravenoso deve ser evitada porque esse tratamento pode causar insuficiência cardíaca congestiva e até mesmo óbito. Atletas que parecem desidratados e nos quais se suspeita que haja redução do volume sangüíneo, a administração intravenosa de soro fisiológico pode repor tanto o sal quanto a água. Em casos muito graves, a solução hipertônica (3-5%) pode ser infundida lentamente (menos que 50 ml.h-1) com monitoramento detalhado da condição do atleta.


Insolação - deve ser considerada uma hipótese se a temperatura retal for superior a 40° C. Além disso, os atletas com insolação geralmente têm aumento da freqüência cardíaca, respiração rápida e baixa pressão arterial. Na insolação associada à atividade esportiva, a vítima geralmente apresenta sudorese profusa.


O tratamento para a insolação é o resfriamento ativo por imersão em banheira ou piscina com água gelada assim que possível. A imersão deve durar aproximadamente 5-10 minutos até que a temperatura retal seja menor que 38° C ou que o atleta comece a tremer. Se o resfriamento demorar e a temperatura superar 42° C, a mortalidade chega a 80%. A insolação é uma verdadeira emergência e pode ser considerada um "ataque de calor", em que cada minuto de atraso no tratamento reduz, de maneira significativa, a probabilidade de um bom prognóstico para o atleta.


Hipoglicemia - seus sintomas incluem tremores do corpo, fraqueza, ansiedade, sudorese, fala arrastada e finalmente o coma. É tratada com a administração de glicose (bebidas esportivas, suco, doces, concentrados ou tabletes de glicose), que oferece alívio imediato dos sintomas. Atletas inconscientes ou que não respondem devem receber soro glicosado por via intravenosa (D50) ou uma injeção de glucagon para aumentar os níveis da glicemia rapidamente.


Hipotermia - é considerada leve se a temperatura retal estiver na faixa de 32-35°C. O atleta com hipotermia geralmente apresenta confusão leve e tremores intensos. O tratamento deve incluir proteger o atleta do meio-ambiente e tirar a roupa molhada, seguida do aquecimento passivo com cobertores e com a ingestão de líquidos quentes. Quando a temperatura retal atinge valores abaixo de 32,2º C, os tremores (que geram o calor do organismo) param; se isso acontecer, o atleta deve ser imediatamente transferido para um hospital para receber outras medidas mais ativas de aquecimento.


CONCLUSÃO


É essencial que os profissionais responsáveis pelos cuidados médicos em eventos de endurance ou os que cuidam dos atletas conheçam o tratamento adequado do colapso para evitar uma possível evolução trágica.


As informações aqui descritas pretendem abranger o público profissional, incluindo pesquisadores, treinadores, médicos, nutricionistas e outros profissionais da área da saúde que necessitam de um entendimento fundamental da fisiologia humana.


Atenciosamente / Mit freundlichem Gruß / Kind regards,

fonte:  http://www.gssi.com.br/  









terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

20º Triathlon Internacional de Santos

Em um dia de muito calor em Santos, centenas de atletas acordaram bem cedo para competir o Internacional de Santos, saimos as 6 da manha do apartamento, e já estava um sol escaldante, visto que era o primeiro dia sem horario de verão.

Todos na expectativa, muitos treinando forte para essa prova, outros fazendo treino de "Luxo", visando a preparação pro Iron , e para as provas específicas durante o ano. Prova com distância Olimpica, 1500 metros de Natação, 40 km de Ciclismo e 10 km de Corrida.

Uma prova de nível muito bom, com as categorias bem cheias e com a participação de grandes profissionais em busca de títulos e premiações e de grandes amadores que estão andando cada vez mais em ritimo de profissionais.


Agradecimento mais que especial ao O Boticário Catalão, que me ajudou com a inscrição da prova, mesmo não sendo mais patrocínio, continua acreditando e me dando apoio nas competições.



A decisão de competir essa prova foi tomada 3 dias antes da prova, onde tive a ajuda de alguns amigos que me ajudaram com passagem e me deram toda a força possivel pra que eu me sentisse bem e conseguisse estar em Santos competindo. Tenho muito a agradecer essas pessoas que acreditam em meu potencial, sabem que ainda tenho bastante coisa pra melhorar, e que estou no caminho certo, mesmo não tendo o apoio para estar bem pisicologicamente e fisicamente 100% nas competições, me dedico ao maximo aos treinos, procuro manter o foco e buscar o melhor condicionamento para as provas.

Um obrigado especial  a Natalia, Valquiria, Claudia pelo incentivo de sempre, ao Milton, que deixa sempre minha bike pronta para as provas com todo carinho e profissionalismo, a Dimitra e a familia pelo incentivo e pelas orações, aos grandes amigos e irmãos que me deram todo o suporte desde a chegada em São Paulo, com a hospedagem, durante a prova até o retorno para Catalão, Carlos Cordeiro( KK) e Carla, Wagner Spadotto e  Dani , Ronaldo e Natalia, E também aos novos amigos que estavam junto comigo nessa prova. A torcida de sempre da Helo, que sempre está torcendo em minhas provas.e a minha familia, Obrigado a todos.

Prova :

1500 metros de natação:

Foi dada a largada, e logo já me posicionei entre os primeiros, buscando fazer uma natação concistente, e focando estar nas cabeças. Nadei bem, no final me senti um pouco cansado, sem ritimo de prova, alias era a primeira prova do ano, mas consegui sair bem da agua na casa dos 21' , saindo cerca de 30 segundos atrás dos 4 primeiros, foi muito positivo, pois ainda estou buscando minha melhor forma na natação e já consegui sair em 5º entre 90 atletas.

40 km de Ciclismo:

Sai para a transição com força total, afim de tirar a diferença para os primeiros e conseguir manter o ritimo no ciclismo. O sol estava de matar, com certeza todos sofreram com a temperatura e a umidade, perto do km 20 , estava me sentindo bem, já estava cerca de 10 a 15 segundos dos primeiros, mas pedalando em grupo eles acabaram abrindo uma boa vantagem que mesmo fazendo muita força não consegui tirar, e acabei sendo alcançado por vários atletas que vinham de trás também em grupo, a volta estava dura, um vento e o cansasso já batendo. Mas foi um pedal bom , pois o meu objetivo esse ano são provas de Short, que tem 20 km de ciclismo.

10 km de corrida:

Chegando perto da transição já me deparei com muitos atletas desistindo, muitos por desidratação, outros com pneu furado, problemas de saude enfim... Sabia que teria que encaixar bem a corrida, pois o calor seria o maior adversário. No inicio da corrida já estava sentindo um desconforto muito grande por questão do porta chip, que é uma novidade nas provas do Troféu Brasil em 2011. Mas que me deixou com a perna toda ralada. e queimava muito durante a corrida, fui mantendo o ritimo, no km 3 dei uma quebrada mas mantive o foco e fui buscando forças até que consegui impor um ritimo e fui tentando buscar quem estava la na frente, fiz uma corrida não dentro do esperado, mas dentro do que era possivel naquele momento da prova com o calor infernal que estava. E ainda terei muito o que lembrar bastante da prova, pois estou com várias bolhas nos pes, e nos treinos com certeza eles vão me fazer lembrar da prova.

Fechei a prova em 2:10 , conseguindo ficar em 12º , a categoria estava com um nível muito bom tendo atletas de nome e de grande força na distância Olimpica. Tive uma participação em 2009 nesse mesmo percurso, terminando a prova em 2:26 , e sendo o 20º colocado, então tive uma boa evolução, uma melhora significativa nos tempos de cada etapa, e consegui completar a prova com um final inteiro.Com certeza é sempre muito bom estar no meio de tantas pessoas do bem, em um ambiente de alegria e energias positivas, os gritos, as palmas o incentivo da galera não tem preço.

Agora meus treinamentos estaram voltados para a participação no Troféu Brasil de Triathlon, onde estarei competindo a categoria 25/29 , na distância Short ( 750m Natação, 20km Ciclismo e 5 km Corrida). Que pelo que venho treinando e pude perceber durante a prova de Santos, tenho algumas coisas a melhorar, e estarei esse ano brigando pelo titulo da categoria.

Estarei apartir de agora buscando parcerias para a disputa desse circuito que tera 6 etapas, em provas disputadas em Santos e São Paulo.

A quem se interessar fazer uma parceria de sucesso, estar com o nome estampado em meus uniformes e em destaque nas provas e mídias, e também com o fornecimento de equipamentos que estou precisando bastante, entre em contato pelo email  :     simon.tri@hotmail.com .





* Fernando Tolin, força ai, apenas começou o ano meu velho. vamos com tudo;
* Fabio Branco, Exelente prova , um grande exemplo de determinação;
* Ronaldo , Destruiu em mano. 5º colocado na 25/29, é pra poucos em... que venha o Iron.

* Flavio José, valeu pela força irmão, boa prova, sucesso pra vc.
* KK , A vaga é sua, foco e bora pros treinos.

 Bom retorno aos treinos, uma otima recuperação e vamos que vamos.

Abraços

Simon leonel .

 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

SUPERE-SE!

Olá pessoal!


Iniciando essa semana com algumas dúvidas, alguns desafios até na quinta feira que seria onde estaria embarcando para Santos para a disputa do Internacional de Santos, ainda estou acreditando nisso, mas deixo aqui a todos aqueles que estão nesse momento superando seus limites, fazendo um grande esforço para treinar, trabalhar e se encontrar no domingo nessa prova maravilhosa e fazer uma grande festa do esporte.

Esse foi um vídeo enviado pelo meu grade amigo e Técnico Wagner Araújo Spadotto, e espero que sirva de incentivo e motivação para todos.





Um forte abraço e uma otima semana.

Simon Leonel

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Respeito de ambas as partes .

Olá Pessoal!

Muito se fala em "Respeito o Ciclista", "Ciclistas em Treinamento", Essas são frases que sempre observamos algumas placas em lugares de grande número de ciclistas. É muito comum ver acidentes, ficar sabendo de algum amigo que foi atropelado, ou teve algum acidente treinando . Temos que ter muito cuidado sempre ao sairmos pra treinar. Temos que ser cautelosos em relação ao transito em nossas cidades.

Semanas atrás sofri um acidente , indo para o treino de natação, onde uma moto entrou errado em uma rotatoria e me acertou. Mas nada demais aconteceu, penso que se fosse uma pessoa mais velha, ou alguém que não tenha tanta destreza em pedalar sua bike, teria acontecido algo bem pior.

Já foram feitas várias campanhas, de concientização da população quanto a uso da bicicleta, e continuamos essa luta , alias quem anda de bike é um carro a menos.

Mas quero dizer aqui hoje, que também temos nossos deveres, nos ciclistas, atletas que passamos horas e horas em cima da bike, temos que respeitar  o espaço dos carros, sempre respeitar os sinais de transito, e principalmente o pedestre. Tem que haver um repeito de ambas as partes, pra que não se diga o "Culpado é o ciclista", ou como se diz por aqui. o "Bicicleteiro".

Essa semana sai pra fazer um treino em um horário diferente do que costumo pedalar, e pude perceber que alguns atletas estão usando da ignorância, vou dizer melhor achando que estão dominando a rua e que se ele está treinando naquele local, não pode passar nada por ali que o atrapalhe.

De uma certa forma, Tive a infelicidade de ver essa cena, e continuei treinando, mas com aquilo na cabeça e resolvi escrever um pouco aqui. Os pedestres tem todo direito de atravessar a rua, o ciclista que está fazendo seu treino, tem que estar ligado em tudo a sua volta, pois esta em uma avenida de grande movimento. Então se esta em uma distancia considerável ainda da pessoa que possivelmente teria entrado na frente, ou estaria atravessando a rua, de um sinal, assobia, reduza, pois prevenir é sempre o melhor remédio. Mas não exagere!

Temos que ter essa responsabilidade, de respeitar o quanto queremos ser respeitados. Vi um cara gritando que nem um louco, com ignorância, tipo "Sai da frente P*&%#. To treinando" . Muito ruim e feio isso pelo menos na minha opinião. Pois queima toda a classe tomano esse tipo de atitude.

Então fica a dica : Respeite para ser respeitado !

Abraços e Bons treinos.

Simon Leonel